Não deu. A Seleção Brasileira sub-17 não conseguiu repetir o feito de 41 anos atrás da equipe principal. Nesta quinta-feira, o Brasil foi derrotado pelo Uruguai, por 3 a 0, em Guadalajara, nas semifinais, e deu adeus à possibilidade de conquistar o seu quarto título da categoria.
Tal como naqueles 3 a 1 da semifinal da Copa do Mundo de 1970, o Brasil adotou um futebol mais técnico. Mesmo com a ausência de Adryan, Léo, Lucas Piazon e Ademilson se entendiam muito bem e envolviam a defesa uruguaia.
Só que dessa vez a técnica não serviu para superar a garra dos meninos do Uruguai. Jogando com muita aplicação, a Celeste ia ganhando terreno com marcação forte e muita vontade.
As chances uruguaias não foram muitas. Mas logo na primeira, saiu o gol. Eram 20 minutos do primeiro tempo e o goleiro Charles derrubou Aguirre. O meia Alvarez bateu no meio de gol e marcou.
Aparentemente o Brasil não se abateu, e até chegou a colocar uma bola no travessão do goleiro Cubero, com Ademilson.
No segundo tempo, o tempo passava e à medida que o gol não saía, os nervos começavam a ficar à flor da pele. Brasileiros e uruguaios se desentendiam a qualquer encontrão, que pouco a pouco deram espaço à entradas mais duras. Tudo com anuência do árbitro russo Alexey Nokolaev.
Com a bola no pé, a pressão brasileira continuava. O goleiro Cubero se tornava na grande figura do jogo, operando verdadeiros milagres.
Pois apenas técnica não ganha jogo. Muitas vezes ela pode ser superada por um time mais aguerrido. E foi isso que aconteceu.
No seu segundo ataque, o Uruguai chegou ao gol que selou a sorte brasileira. San Martín entrou na área trombando com quem via na frente e bateu cruzado, sem chance para Charles.
O Brasil ainda teve oportunidades de descontar, mas a defesa uruguaia se mostrou imbatível. Para piorar, o Uruguai chegou ao terceiro nos acréscimos, com Méndez.
O jogo reunia as mesmas seleções de 1970, a cidade também, mas o final deste Brasil x Uruguai de 2011 beneficiou a raça charrúa. Já a Celeste faz História, agora no Sub-17. É a primeira vez que os uruguaios alcançam uma final de Mundial desta categoria.
Charles, Wallace, Marquinhos, Matheus e Emerson; Misael (Nathan), Marlon, Léo (Hernani) e Guilherme (Welligton); Piazon e Ademilson. | Cubero, Velázquez, Silva, Ratti e Moreira (Canobra); Pais, Alvarez (Mendez), Aguirre e Furia; Charamoni (San Martin) e Rodríguez |
Técnico: Émerson Ávila | Técnico: Fabian Coito |
Gols: Alvarez, aos 20 do primeiro tempo; San Martin, aos 27 do segundo tempo; Mendez, aos 50 do segundo tempo | |
Cartões amarelos: Emerson, Léo, Matheus (Brasil); Alvarez, Furia, Cubero, Mendez (Uruguai) | |
Estádio: Guadalajara, México. Data: 7/7/2011. Árbitro: Alexey Nikolaev (RUS). Assistentes: Anton Averianov (RUS) e Tikhon Kalugin (RUS) |
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